Por Valdemir Caldas

A interminável espera dos concursados

São cada vez mais frequentes as reclamações de concursados em busca de respostas por parte de órgãos para os quais se habilitaram através de concurso público as vagas anunciadas por tais instituições. Recentemente, ouvi de um deles que há três anos prestou concurso para uma escola municipal, localizada na estrada Areia Branca, mas, até hoje,…

 

São cada vez mais frequentes as reclamações de concursados em busca de respostas por parte de órgãos para os quais se habilitaram através de concurso público as vagas anunciadas por tais instituições. Recentemente, ouvi de um deles que há três anos prestou concurso para uma escola municipal, localizada na estrada Areia Branca, mas, até hoje, não recebeu da Secretaria Municipal de Administração informações mais claras sobre quando e como será convocado.

Em cima de tudo isso, percebe-se, com as devidas exceções, que existe um ato de distanciamento progressivo entre os que realizam os concursos públicos e os concursados, evidenciando cabal desrespeito e descortesia com os selecionados. As manifestações de alguns concursados cumprem um papel importante na batalha pela instauração de procedimentos mais civilizados e respeitem os preceitos legais. Há casos de concursos onde os aprovados só foram convocados depois que o Ministério Público de Rondônia interveio, ameaçando, inclusive, enquadrar o gestor por improbidade. Caso contrário, a situação continuaria sendo empurrada com a barriga até encerrar o prazo de validade.

O concursado com o qual conversei não está sozinho em sua luta. Há um contingente de pessoas que fez concursos, integra a relação dos classificados, e não sabe o que acontecerá com sua vida profissional. Esse perfil de comportamento fere a dignidade das pessoas. Pior, é uma prática oficial — repito, com as devidas exceções. Algumas instituições simplesmente criam expectativas e, em seguida, saem de cena como se não tivessem assumido nenhuma responsabilidade com essas pessoas. E isso preciso ser questionado e superado. É preciso impedir que essa conduta se repita. Nesse sentido, deve-se destacar a postura do Ministério Público de Rondônia, que tem como função essencial garantir respeito aos interesses públicos.


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