1562319597 959274991 810x471 1

Julho Roxo

Campanha contra Hanseníase é intensificada nos municípios de Rondônia para conscientizar sobre a prevenção

O Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), vem intensificando durante todo este mês considerado julho roxo as ações junto aos municípios para conhecimento, combate e prevenção à Hanseníase. Este ano a campanha tem como tema “Conhecer para não discriminar”.

 

Abertura Hanseniase Fotos Frank Nery 07 07 21 75

Forma mais fácil de identificar doença é pela alteração, redução ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular

 

De acordo com a coordenadora de Hanseníase da Agevisa, Albanete Mendonça “as ações têm sido positivas à medida que novos casos são diagnosticados. Ainda não temos os dados de todo o Estado, mas em um dos municípios foram identificados dois casos de pessoas que estavam na fase de transmissão da doença. Com esse diagnóstico podemos interromper a cadeia de transmissão”, salientou.

Ela destaca ainda que o diagnóstico precoce é a melhor maneira de prevenir e controlar a hanseníase, que é uma doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa. A forma mais fácil de identificar a doença é através da alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas, olhos e nariz, podendo inclusive, gerar incapacidades permanentes.

SINTOMAS HANSENIASE FOTO ALBANETE MENDONCA

Diagnóstico é realizado por exame clínico

 

Vale ressaltar que a transmissão ocorre por meio de uma pessoa doente e sem tratamento através das vias aéreas superiores, ou seja, pela fala, tosse ou espirro. Muito importante saber que a hanseníase não passa por abraço, aperto de mão ou carinho, tendo em vista que, pessoas com hanseníase sofrem muito preconceito e discriminação.

 

SINTOMAS

Os sintomas mais frequentes da hanseníase são: áreas com diminuição dos pelos e do suor, áreas do corpo com sensação de formigamento ou fisgadas, diminuição ou ausência da força muscular na face, mãos e pés, surgimento de caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

 

CASOS MAIS GRAVES

Nos casos mais graves de hanseníase, a virchowiana (ou lepromatosa) a imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito mais causando uma espécie de anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele.

 

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da hanseníase é realizado através do exame clínico, quando se buscam os sinais dermato-neurológicos da doença. No exame físico é feita uma avaliação dermato-neurológica para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas, motoras e autonômicas.

Controle Hanseniase Fotos Frank Nery 20 07 21 8

Hanseníase conhecida como borderline ou dimorfa é caracterizada por manchas e placas, acima de 5 lesões

 

SINAIS

Os sinais mais aparentes da hanseníase são o aparecimento de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.

 

TIPOS DE HANSENÍASE

A hanseníase conhecida como borderline ou dimorfa é caracterizada por manchas e placas, acima de cinco lesões, com bordas às vezes bem ou pouco definidas, com comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência. Os nervos ulnar, tibial posterior e o fibular são, geralmente, os mais acometidos no momento do diagnóstico.

 

PREVENÇÃO

A doença pode apresentar um longo período de incubação, destaca a coordenadora. “São em média de dois a sete anos, por isso, o diagnóstico precoce é a melhor forma de prevenção. Uma vez identificada, a pessoa com hanseníase deve ser tratada e realizada a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada com esses pacientes, só assim poderemos parar a cadeia de transmissão da doença”, explicou.

 

Fonte: SECOM/ RO


* A Revista Eletrônica DEIXAEUTEFALAR reserva-se o direito de manter integralmente a opinião dos articulistas sem intervenções. No entanto, o conteúdo apresentado na seção "COLUNISTAS" é de inteira responsabilidade de seus autores.