Forma mais fácil de identificar doença é pela alteração, redução ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular
De acordo com a coordenadora de Hanseníase da Agevisa, Albanete Mendonça “as ações têm sido positivas à medida que novos casos são diagnosticados. Ainda não temos os dados de todo o Estado, mas em um dos municípios foram identificados dois casos de pessoas que estavam na fase de transmissão da doença. Com esse diagnóstico podemos interromper a cadeia de transmissão”, salientou.
Ela destaca ainda que o diagnóstico precoce é a melhor maneira de prevenir e controlar a hanseníase, que é uma doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa. A forma mais fácil de identificar a doença é através da alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas, olhos e nariz, podendo inclusive, gerar incapacidades permanentes.
Vale ressaltar que a transmissão ocorre por meio de uma pessoa doente e sem tratamento através das vias aéreas superiores, ou seja, pela fala, tosse ou espirro. Muito importante saber que a hanseníase não passa por abraço, aperto de mão ou carinho, tendo em vista que, pessoas com hanseníase sofrem muito preconceito e discriminação.
SINTOMAS
Os sintomas mais frequentes da hanseníase são: áreas com diminuição dos pelos e do suor, áreas do corpo com sensação de formigamento ou fisgadas, diminuição ou ausência da força muscular na face, mãos e pés, surgimento de caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
CASOS MAIS GRAVES
Nos casos mais graves de hanseníase, a virchowiana (ou lepromatosa) a imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito mais causando uma espécie de anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da hanseníase é realizado através do exame clínico, quando se buscam os sinais dermato-neurológicos da doença. No exame físico é feita uma avaliação dermato-neurológica para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas, motoras e autonômicas.
SINAIS
Os sinais mais aparentes da hanseníase são o aparecimento de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade térmica (ao calor e frio), tátil (ao tato) e à dor, que podem estar principalmente nas extremidades das mãos e dos pés, na face, nas orelhas, no tronco, nas nádegas e nas pernas.
TIPOS DE HANSENÍASE
A hanseníase conhecida como borderline ou dimorfa é caracterizada por manchas e placas, acima de cinco lesões, com bordas às vezes bem ou pouco definidas, com comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência. Os nervos ulnar, tibial posterior e o fibular são, geralmente, os mais acometidos no momento do diagnóstico.
PREVENÇÃO
A doença pode apresentar um longo período de incubação, destaca a coordenadora. “São em média de dois a sete anos, por isso, o diagnóstico precoce é a melhor forma de prevenção. Uma vez identificada, a pessoa com hanseníase deve ser tratada e realizada a investigação de contatos que convivem ou conviveram, residem ou residiram, de forma prolongada com esses pacientes, só assim poderemos parar a cadeia de transmissão da doença”, explicou.
Fonte: SECOM/ RO