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Caso Henry: Jairinho teria levado filha de ex-namorada, de 4 anos, a motel

Entrou com ela no boxe, abriu o chuveiro e bateu várias vezes com a cabeça dela na parede

 

A informação dada a Polícia pela ex-namoradas, e uma testemunha inédita vão mostrando o lado obscuro da personalidade do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, cujo pai era um dos líderes da milícia conhecida como Liga da Justiça, responsável por dezenas de assassinatos e sessões de tortura. Entre elas, a de jornalistas do jornal O Dia, da qual o próprio Jairinho teria participado. O caso chegou a ser mostrado no filme Tropa de Elite, mas na ficção a equipe é assassinada, o fotógrafo sofreu tantas torturas que até hoje toma medicamentos e mora em local desconhecido. A repórter, que não foi identificada, também vive escondida.

Os relatos das ex-namoradas demonstra um padrão de comportamento, e a conduta do vereador quando o pai de Henry Borel chegou ao hospital para ver o filho, corrobora a personalidade de psicopata. Jairinho disse a Leniel, pai da criança, “vamos virar essa página, vida que segue. Faz outro filho”.

Dr. Jairinho e Monique

A revista Veja revelou em sua edição deste fim de semana ter conversado com outra ex-namorada de Jairinho, que confirmou ataques à filha já relatados na delegacia (onde a menina, hoje com 13 anos, estava presente) e acrescentou novos detalhes do relacionamento com o Dr. Jairinho, entre 2010 e 2013. “Passei muito tempo da minha vida me culpando e me sentindo péssima como mãe por não ter visto a realidade. Ele é uma categoria de homem que cega, ilude, mente”, desabafou.

Durante mais de dois anos, conta que ele — tal qual no outro caso apurado por VEJA — arran­ja­va pretextos para sair sozinho com sua menina, então com 4 anos. Gradualmente, a garota foi soltando que o “tio” torcia seus braços e pernas e lhe dava cascudos. No episódio mais horripilante, foi levada a um local que, pela descrição, parece um motel. O quarto tinha uma cama e uma piscina. Disse ter sido despida pelo vereador, que, de sunga, entrou com ela no boxe, abriu o chuveiro e bateu várias vezes com a cabeça dela, na parede. Também afundou sua cabeça na piscina com os pés.

A reportagem revela ainda ter procurado por Monique, mãe de Henry, na casa dos pais, na Zona Oeste do Rio, onde estaria morando. Enquanto aguardava, a reportagem entreouviu o avô dizendo: “Nós temos que falar a verdade desse troço”. Logo depois, abriram uma portinhola. Indagados se estavam sob ameaça, responderam apenas: “Não podemos falar”.


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