Por Waldir Costa

Com Vinícius Miguel no páreo e Marcos Rogério “saindo do armário” como candidato, disputa já começa em Rondônia

A semana que está encerrando neste sábado (16) foi atribulada no mundo da política regional. Dois fatos se destacaram entre os mais corriqueiros no panorama. O prefeito Hildon Chaves, do PSDB, provocou o senador Marcos Rogério (PL) em entrevista concedida à TV Record local. O tucano falou que não acreditava na postulação do congressista porque…

 

A semana que está encerrando neste sábado (16) foi atribulada no mundo da política regional.

Dois fatos se destacaram entre os mais corriqueiros no panorama. O prefeito Hildon Chaves, do PSDB, provocou o senador Marcos Rogério (PL) em entrevista concedida à TV Record local.

O tucano falou que não acreditava na postulação do congressista porque este sequer se comportava como tal até então.

Logo depois, no mesmo espaço, visivelmente incomodado com o pronunciamento de Chaves, Rogério acabou “saindo do armário” antes do momento previsto e reiterou a pré-candidatura para disputar a sucessão.

Com Rogério no páreo vindo pela direita, e no próprio espectro ele disputará não só contra Marcos Rocha, do União Brasil, atual detentor das rédeas do Rio Madeira, como também Léo Moraes, do Podemos, que vem com os Cassol na lomba, a polarização dilui.

Aquele FLA-FLU, fifty-fifty, de 2018, embora em Rondônia tenha imperado o bolsonarismo, acabou.

Primeiro, porque o enfrentamento prévio entre postulantes mais à ala destra da peleja já começa embaralhada, com cada um deles tentando se vender como o concorrente sob a sombra de Jair Bolsonaro, também no PL.

E depois porque a pedra virou vidraça. E o governo federal enfrenta questionamentos sobre a economia, inflação, desemprego, favorecimento a familiares do morador do Alvorada, péssima gestão durante a pandemia do Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2), entre outras coisas.

O outro fato semanal que abalroou as hostes do Poder foi a confirmação da pré-candidatura do professor universitário e advogado Vinícius Miguel à chefia do Estado pelo PSB.

Até então uma incógnita, Miguel recebeu a benção da turma encabeçada pela trupe do deputado federal Dr. Mauro Nazif. Na sigla há outros nomes fortes como o ex-deputado Cleiton Roque e o ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires, isto além do presidente da Câmara de Porto Velho, Edwilson Negreiros.

O ex-membro da administração Hildon Chaves foi o primeiro mais votado na Capital em 2018, quando concorreu contra Rocha; dois anos depois, terminou em terceiro lugar quando pleiteou a função do tucano.

Ele não “largou o osso” e ainda busca um lugar ao sol como regente da Administração Pública.

No campo da esquerda, atualmente, em Rondônia, ainda é o nome mais popular, mas também ombreará com figuras como o ex-deputado Anselmo de Jesus, do PT; e Daniel Pereira, do Solidariedade.

A vantagem é que enquanto Marcos Rocha, o xará Rogério e Léo Moraes brigam pelo amor de Bolsonaro e a paixão dos bolsonaristas, numa primeira etapa de disputa prévia, Miguel escapa às investidas iniciais do discurso batido sobre “comunismo” e outras idiossincrasias próprias de uma horda mais histérica e barulhenta a se manifestar a cada dois anos.

A eleição, no entanto, começou com a declaração de guerra lançada por Rogério a Rocha, quando o primeiro acusou o governador de “comprar apoio” político atingindo, indiretamente, 52 prefeitos com suas suposições infundadas.

Soa, no horizonte, que a briga será mais da direita contra a direita, e numa dividida dessas, bem, a bola pode sobrar pra qualquer um, inclusive caindo do lado canhoto do campo.


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