Por Waldir Costa

Como Rondônia reagirá à eventual candidatura de Sérgio Moro à Presidência da República?

Considerado o Judas Iscariotes do bolsonarismo, o ex-juiz, ora filiado ao Podemos de Léo Moraes, busca o mais alto posto de Poder no Brasil

 

 

Considerado o Judas Iscariotes do bolsonarismo, o ex-juiz federal Sérgio Moro, conhecido especialmente por suas controversas sentenças no âmbito das ações envoltas à Operação Lava Jato, será possivelmente o candidato do Podemos à Presidência da República.

Filiado, encarna, de vez, a roupagem daquilo que se convencionou denominar como terceira via, até então nomenclatura volátil.

A ideia é tirar o doce da boca do ex-patrão Jair Bolsonaro, e, além disso, não deixar que Lula, a quem condenou à prisão, volte ao comando do País.

Agora na legenda de Léo Moraes, deputado federal eleito por Rondônia, o antigo ministro da Justiça e Segurança Pública da atual gestão do governo federal passará por vários testes de provação até que, se a sociedade assim o quiser, seja conduzido à cadeira-mor do Planalto.

E por falar em Moraes, como o próprio Rondônia Dinâmica já questionou, é preciso abordar todas as possibilidades relacionadas às duas postulações. O eleitorado regional soa absurdamente apegado a mudanças bruscas dos ventos na política.

RELEMBRE
Com Moro quase lançado pelo Podemos, Léo deve ser seu candidato em Rondônia: como fica o “namoro” dele com Bolsonaro?

Ou, como costumava dizer Magalhães Pinto, “Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”.

Rondônia de fato é considerado um celeiro bolsonarista; ocorre que algumas coisas já mudaram, como, por exemplo, a irrestrita confiança das pessoas em agentes públicos ligados ao presidente.

Como ocorreu com o deputado estadual Eyder Brasil, do PSL, que concorreu à Prefeitura de Porto Velho em 2020 e acabou levando uma surra nas urnas.

Talvez o povo já não queira mais votar em pacotes fechados; de repente, até por conta da decepção, comece a avaliar de maneira unitária cada nome no horizonte.

Isso faz com que a situação de Sérgio Moro seja uma incógnita.

 Teria o ex-magistrado o poder de transmitir votos aos seus apoiadores? Aliás, teria ele próprio envergadura política para não passar vergonha em 2022? Ele é, de fato, uma alterativa aos polos de direita e esquerda representados respectivamente por Bolsonaro e Lula?

A partir de sua filiação todos os desdobramentos precisam ser cuidadosamente avaliados de modo que, na hora do voto, decisões corretas sejam tomadas.

Por enquanto a única certeza é que Moro tem sede de Poder: resta saber se o povo irá saciá-la ou não.


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