Brasília

CPI da Pandemia – Governadores rebatem informação de senador de Rondônia, acusado de manipulação por um deles

Um médico também prestou declarações desmentindo as investidas de Marcos Rogério (DEM)

 

 

A coluna “Sonar”, da versão online de “O Globo”, trouxe a resposta de pelo menos dois governadores às investidas de Marcos Rogério, do DEM, na CPI da Pandemia no Senado Federal.

Rogério mostrou vídeos de alguns chefes do Executivo estadual defendendo o uso de cloroquina, sem, no entanto, esclarecer que as manifestações eram de março/abril de 2020, início da proliferação do Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2).

 

À época, a Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não desaconselhava o uso do fármaco.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, por exemplo, classificou a exibição como uma “manipulação” e publicou um documento do governo do estado com a data de maio do último ano em que o uso da cloroquina já não era recomendado para o tratamento de coronavírus.

“A respeito de manipulação de vídeo, de abril de 2020, na CPI do Senado, o documento abaixo prova a posição oficial que adotamos em maio de 2020. Jamais carreguei caixa de remédio nem tentei empurrar nas pessoas (ou em emas). Não aceito ser nivelado com irresponsáveis”, declarou.

Wellington Dias, governador do Piauí, também foi ao Twitter para desmentir o senador da base aliada ao governo. Segundo Dias, o vídeo não indicava o uso da medicação, mas sim o compromisso de manter os estoques das farmácias abastecidos para o atendimento dos casos de Covid-19.

“Um vídeo exibido em sessão da CPI da Covid no Senado Federal hoje foi gravado em abril de 2020 e, ao contrário do que foi dito, não está receitando cloroquina, mas afirmando o compromisso do Governo do Piauí de manter o abastecimento de medicamentos nas farmácias dos hospitais. Assim, os médicos utilizariam em seus atendimentos de acordo com suas necessidades. O critério da ciência para receitar qualquer medicamento sempre foi e será do médico”, defendeu.

Em outro momento, o infectologista David Uip, ex-coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de SP, também foi acusado por Marcos Rogério de recomendar o uso de cloroquina na rede pública para o tratamento de pacientes infectados. A gravação exibida pelo senador mostrava uma fala de Uip em abril de 2020, em reunião com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

O senador afirmou que o médico defendeu a adoção do protocolo de distribuição para cloroquina, mas em entrevista ao G1, Uip declarou que “jamais defendeu a distribuição ou uso indiscriminado”.

Naquela reunião, o que se discutiu foi apenas que o medicamento fosse usado em pacientes internados em hospitais, em estado grave e sob supervisão médica, antes deles serem intubados. Era começo da pandemia e pouco se sabia sobre os efeitos colaterais graves do medicamento”, disse Uip ao portal de notícias.

 

 

Fonte:  Rondiniadinamica


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