Eleições 2026

Crise moral e abstinência de sinceridade corrompem os bons costumes

Outro fenômeno preocupante na política moderna é a influência de interesses paralelos.

Todos os anos, surgem diversos consultores e especialistas políticos que acreditam que seus achismos podem definir rumos e moldar opiniões. No entanto, a verdade é que não existe uma fórmula mágica para vencer uma eleição, nem uma faculdade 100% focada em política que ensine os atalhos do poder. O ideal seria que, desde os ensinos básicos, houvesse uma disciplina obrigatória sobre composição partidária, quociente eleitoral, legislação eleitoral e as regras do jogo político.

Mas será que nossos líderes políticos querem uma população esclarecida desde cedo? Óbvio que não. Uma sociedade bem informada teria um voto mais consciente, faria escolhas mais criteriosas e dificultaria a vida daqueles que acreditam que apenas dinheiro compra uma eleição. Se o eleitor tivesse mais conhecimento sobre o papel de um deputado, a estrutura da administração pública e o regime de competências, não bastaria apenas propaganda e marketing. O candidato teria que mostrar real capacidade, provar que entende de gestão pública e que está preparado para o cargo.

Atualmente, muitos políticos chegam ao poder sem preparo algum, confiando apenas em uma estrutura de assessores e técnicos para suprir suas lacunas. Mas o problema é que, sem faro político e liderança nata, um mandatário se torna apenas mais uma gota no oceano, alguém que passa pelo cargo sem deixar impacto real.

A população anseia por líderes autênticos, políticos que cumprem o que prometem, que fazem o que precisa ser feito, sem discursos vazios ou promessas ilusórias. O maior problema da política atual não é apenas corrupção ou ineficiência – é a crise moral. Muitos políticos começam bem e terminam mal, iniciam a jornada ao lado da família e terminam sozinhos, envolvidos em escândalos e traições políticas.

Outro fenômeno preocupante na política moderna é a influência de interesses paralelos. Hoje, as articulações de bastidores não são mais feitas por líderes políticos ou técnicos qualificados, mas por grupos que controlam o jogo à sua maneira. O velho estilo de fazer política, onde companheirismo e legado tinham valor, parece estar desaparecendo. O que se vê cada vez mais é o abandono de aliados e a destruição de projetos em nome de conveniências momentâneas.

Ganhar uma eleição não é apenas ter dinheiro ou visibilidade, mas sim ter estratégia, preparo e, acima de tudo, credibilidade. O eleitor pode até ser influenciado pela mídia e pelo marketing, mas no final do dia, quem realmente sabe jogar o jogo da política são aqueles que entendem as regras e sabem que liderança não se impõe, se conquista.