As recentes decisões e declarações expelidas por um presidente que fala o que vem a cabeça, desestabilizam mercados, e o pior, forma discípulos loucos e transloucados a beira de um fanatismo religioso, capazes de matar em nome de um MITO, que não tem nada de mito.
No ano de 2014 surge a “OPERAÇÃO LAVA-JATO” em meio a uma crise moral, ética e política. A Polícia Federal braço direito da Justiça Brasileira, foi capaz de colocar na cadeia, senadores, deputados e até ex-presidentes. A operação Lava-jato desnudou um dos maiores esquemas de corrupção desde a fundação da República. Ela inspirou filmes, seriados, e levantou um exército de pessoas que tiveram o desejo pela coisa certa.
Um de seus personagens principais, é o ex-juiz Sérgio Moro que decidiu abandonar a magistratura em busca de aperfeiçoar e otimizar sua luta, e que na semana que se passou foi alvejado por aquele que em tese seria o pai do combate à corrupção.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu atender ao pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, e abriu inquérito para apurar “fatos em tese, delituosos” envolvendo a organização de atos antidemocráticos.
O presidente Jair Bolsonaro participou de protesto em Brasília, marcado por faixas e palavras de ordem contra o Congresso Nacional e a favor de uma intervenção militar.
Ao acionar o Supremo, Aras não, cita especificamente o presidente Jair Bolsonaro, que participou de um ato em Brasília, mas justificou o pedido ao STF dizendo que os atos foram cometidos “por vários cidadãos, inclusive deputados federais”. Cabe à Suprema Corte investigar pessoas com foro, como deputados. Em sequência Sérgio Moro sofre pressões para troca do Diretor Geral da Polícia Federal.
A maior das arbitrariedades cometida supostamente pelos filhos do Presidente Jair Bolsonaro, ainda em investigação (segredo de justiça), seja à apologia ao ATO n.º 5 (AI-5), que foi o quinto de dezessete grandes decretos emitidos pela ditadura militar nos anos que se seguiram ao golpe de 1964. Os atos institucionais foram a maior forma de legislação durante o regime militar, dado que, em nome do “Comando Supremo da Revolução” (liderança do regime), derrubaram até a Constituição da Nação, e foram aplicadas sem a possibilidade de revisão judicial.
Operações em Curso
CPMI das fake news – Dois filhos do presidente Jair Bolsonaro – Carlos Bolsonaro, vereador do Rio, e Eduardo Bolsonaro, deputado federal – são investigados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News.
Inquérito das fake news – O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a abertura de uma investigação sobre ataques a membros da corte e do Congresso. A investigação, que tramita em sigilo, teve acesso às informações colhidas pela CPMI das Fake News e pode se tornar outra fonte de preocupação para Eduardo e Carlos Bolsonaro.
Embora a tramitação seja sigilosa, alguns resultados já foram divulgados pela imprensa. Segundo a Folha de S.Paulo, a Polícia Federal identificou Carlos Bolsonaro como um dos articuladores de um esquema criminoso de fake news. E, segundo o Estadão, foram identificados empresários bolsonaristas que estariam financiando ataques contra ministros da Corte nas redes sociais.
Após a saída de Moro com acusações contra Bolsonaro, o ministro do STF Alexandre de Moraes, que é relator do caso, determinou que o comando da Polícia Federal mantenha nos postos os delegados da PF que trabalham nesse caso. A medida foi vista como uma forma de evitar que uma eventual substituição na direção-geral da PF influencie a investigação.
Investigação de atos pró-golpe – O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou a abertura de inquérito para investigar as manifestações realizadas no dia 19 de abril. O pedido de investigação foi feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para apurar se houve ato contra a democracia por deputados federais, o que justifica a competência do STF no caso. Este inquérito também está sob sigilo.
Caso Queiroz e a Superintendência da PF no Rio – Em agosto de 2019, Bolsonaro anunciou a troca de superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro: Ricardo Saadi foi substituído por Carlos Henrique Oliveira. O presidente mencionou problemas de “gestão e produtividade”, mas a instituição negou problemas de desempenho da chefia.
Adélio Bispo – No pronunciamento em que rebateu acusações de Moro, Bolsonaro disse que o ex-ministro se preocupou mais com o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco do que com o atentado sofrido por ele durante campanha presidencial.
A pressão de Bolsonaro sobre o caso Adélio Bispo, autor do atentado a faca, será o primeiro problema para o novo diretor da PF. Segundo a coluna (Painel), da Folha de S.Paulo, a avaliação interna entre os policiais federais é que já houve intensa investigação neste caso, mas que não foi encontrado um mandante. Adélio está preso desde o atentado, em setembro de 2018.
Secretário de Comunicação de Bolsonaro – No início deste ano, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar supostas irregularidades cometidas pelo secretário de Comunicação Social da Presidência da República, Fábio Wajngarten. O inquérito também tramita em sigilo.
O veículo revelou que ele, mesmo com cargo público, segue como o principal sócio de uma empresa que presta consultoria e recebe dinheiro de TVs e empresas de publicidade contratadas pela secretaria comandada por ele. Esse cenário implicaria conflito de interesse.
Além de inúmeros pedidos de impedimento (impeachment) chegam à Câmara dos Deputados. Os últimos foram protocolados pela deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), e o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), ex-apoiadores do Governo Bolsonaro. Rodrigo Maia prega calma, e diz “este não é o momento!”.
O que acontecerá?
O STF através do Decano Ministro Celso de Mello, deve nas próximas horas, instaurar inquérito, a pedido da PGR com objetivo de apurar as graves denúncias feita, por parte do ex-ministro Sérgio Moro, em entrevista concedida na última sexta-feira, 24, em que comunicou sua saída. Na declaração, o ex-ministro afirmou que há tempos vinha sofrendo pressão por parte do Presidente da República Jair Bolsonara para troca do Diretor Geral da Polícia Federal, tendo em vista não está recebendo relatórios das operações em curso e informação sobre assuntos estratégicos para tomada de decisão. Moro com certeza deve apresentar provas cabais que poderá levar ao impeachment de Bolsonaro.
Moro com sua saída, decretou, o fim da hegemonia de Jair Messias Bolsonaro, criando mais uma corrente política ideológica no Brasil. A sensação que temos é de está diante de um novo ditador (Jair Bolsonaro), capaz de utilizar, seguidores inflamados, com discursos de extremo ódio, contra tudo e contra todos. Este não é o Brasil que queremos!