BTS

Dr. Hiran Gallo discorda do BTS para construção do JPII

A construção do futuro hospital de Pronto Socorro de Porto Velho, pelo sistema BTS,   embora tenha apoio do Governo do...

A construção do futuro hospital de Pronto Socorro de Porto Velho, pelo sistema BTS,   embora tenha apoio do Governo do Estado e de várias instituições e entidades, como Judiciário (que já utilizou o sistema no prédio que ocupará na avenida Pinheiro Machado, centro da Capital), Ministério Público, Tribunal de Contas e outros, não é unanimidade. Membro do Conselho Federal de Medicina há longos anos e futuro presidente da entidade, o médico Hiran Gallo é a voz importante e poderosa que não concorda com a ideia. Basicamente, no sistema BTS, o prédio é construído pela iniciativa privada, sem um tostão de dinheiro público. A obra é feita de acordo com todas as exigências e necessidades do futuro inquilino, que alugará o edifício por pelo menos 20 anos. Toda a manutenção será de responsabilidade do construtor e, como não há a burocracia exigida quando há recursos públicos envolvidos, ela fica pronta em prazos muito menores. Hiran não discorda nessas vantagens, mas considera que elas não servem para um hospital. Para ele, um Pronto Socorro precisa de constantes modificações, para adaptar-se à realidade. E o BTS pode não se enquadrar nessas exigências.

QUESTIONAMENTOS DE QUEM CONHECE

Hiran prossegue no raciocínio: numa troca de equipamento, por exemplo, onde se terá que derrubar uma parede, uma ala às vezes inteira, quem bancará esse gasto? Como um hospital pode utilizar o mesmo prédio durante longos anos, sem qualquer mudança estrutural que o adapte à novas realidades que, nesse setor, são constantes? O atual tesoureiro do CFM lembra, como exemplo concreto, que o projeto do Heuro, apesar de recente, já estaria necessitando de mudanças. Hiran lembra que essa afirmação foi feita, recentemente, pelo próprio governador Marcos Rocha, quando ele participou do programa Papo de Redação, na SICTV e o assunto foi abordado. O tema, portanto, continua sendo debatido. Em breve se saberá qual será a forma de construção. O governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, a Sesau, contratou uma empresa especializada para realizar um profundo estudo sobre a viabilidade ou não da construção do novo Pronto Socorro pelo BTS. Se a conclusão for por aprovar esse tipo de contratação, é possível que em dois anos o hospital, com mais de 400 leitos, já esteja funcionando. Se o for pelo controle da burocracia, que atrasa quase sempre a exceção de grandes obras públicas, o prazo pode chegar a até dez anos. Qual o caminho a ser seguido?

Sérgio Pires