Editorial

Eleições 2022, quem merece estar no poder e porque não estará

Fazer política num ambiente de extrema miséria é muito fácil, uma vez que a dor da fome consegue tatuar uma alma por longos anos, criando gatilhos mentais que a destruirá pouco a pouco,

Publicado em 1 de agosto de 2022

O mundo dos políticos é marcado por algumas nuances que somente quem vive sabe de como funciona o processo. Assim como os reis do antigo mundo agiam, assim também trabalham aqueles que querem permanecer no poder, tendo em vista valer tudo para que seu reinado continue, e não seja ameaçado. Infelizmente o político raiz com interesse verdadeiro pelas comunidades e da população em geral não tem condições de ir para um processo legal de eleição. A resposta desta afirmação é bem simples, uma vez que nosso país é liderado pelas classes dominantes,  devido ao recurso financeiro utilizado para competir de igual para igual com qualquer movimento social coletivo. Geralmente a matemática é bem simples, e os cálculos para esta equação da mesma maneira.

Fazer política num ambiente de extrema miséria é muito fácil, uma vez que a dor da fome tatua uma alma por longos anos, criando gatilhos mentais que o destruirá pouco a pouco, transformando-a num ZUMBI que não tem força de expressar sua visão de mundo, muito menos sua opinião, dado que sua consciência é silenciada facilmente.

Para se tornar um político “HONESTO” é necessário renunciar a própria consciência, além de seus próprios interesses, pelos menos momentaneamente, e viver literalmente os desejos de outrem para que sua liderança seja reafirmada nos corações com chancela inconfundível.

Uma estratégia antiga que vem sempre sendo utilizada, é a supervalorização no aspecto de convencer aquele líder que está sendo engajado com a promessa de ser um futuro assessor, chefe de gabinete ou secretário de estado, e acredite funciona. Os tempos mudaram e novos conceitos de convencimento são desenvolvidos com objetivo de engajar pessoas, que vai desde promessas de emprego a super salários.

Infelizmente o verdadeiro político não conseguirá entrar no sistema de poder, uma vez que esta passagem tem preço, diferente do valor que neste contexto é inalcançável. Lembro-me de um jovem que dividia tudo para ajudar pessoas, como guarda-roupa, alimentação, e muitas vezes assuntos particulares eram colocados de lado para resolver problemas de outros. 

Para entrar no jogo é necessário tempo, dinheiro e uma boa equipe que trabalhará de maneira profissional, não somente pelo salário, mas pela causa que poderá dar certo ou não. Uma vez escrevi sobre o tema, onde dissertei sobre os investimentos necessários para uma eleição vencedora ao cargo de vereador com larga margem de votos, que na minha visão exige no mínimo o valor de  300 a 600 Mil reais. Já para o cargo de deputado estadual o cálculo é de aproximadamente uns 2 Milhões se tiver um trabalho social a ser explorado, caso não tenha, e o postulante ainda for antissocial, o preço dobra, mas lógico esses valores não são autorizados pela justiça eleitoral, pois caracteriza abuso de poder. 

PULO DO GATO

Esta expressão que vem de uma conhecida fábula, também se aplica na política com seus pulos, e um deles é o QUOCIENTE ELEITORAL, atingido por uma boa NOMINATA, sem a devida noção desta regra ser candidato é um tiro no escuro. Então procure entender sobre este importante tema.

 

FINALIZANDO

Com a autorização da justiça eleitoral para se arrecadar, aparentemente o jogo ficou mais “justo”, lógico se o candidato tiver pessoas em sua base com condições de realizarem doações, que através das vaquinhas eletrônicas é possível levantar uma grana para investimentos nas campanhas. Outra novidade é o recurso advindo do fundo partidário aprovado no congresso e que já está em pleno vigor desde a última eleição.

Rosinaldo Pires — Jornalista

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