A ex-prefeita e ex-vereadora Maria Simões, de Cacoal, e a secretária municipal de Assistência Social e Trabalho tiveram um enfrentamento neste sábado por suposta invasão de um imóvel praticada neste sábado, ocasião que foi flagrada no ato pela Polícia Militar.
O flagrante ocorreu após denúncias de vizinhos, que acionaram as autoridades que estiveram no local e constataram a situação considerada suspeita. O prédio, que de acordo com uma versão pertence ao patrimônio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Trabalho (Semast) estava sem utilização há muito tempo, enquanto a ex-prefeita teria afirmado que a ocupação é regular, pois segundo ela o imóvel não pertence à prefeitura, mas a Associação Casa da Criança.
A controvérsia começou quando vizinhos do prédio viram uma movimentação no local, e constataram a presença da ex-prefeita, que acompanhada de outra pessoa promovia trabalhos no local. Eles relataram que no final da gestão de Maria, ela teria promovido reforma no telhado do prédio e agora um muro havia sido derrubado.
As autoridades foram acionadas, e a titular da Semast, Michelle Pavani, confirmou ter estado no local com a Polícia Militar para averiguações, constatando o que classificou como invasão. No entanto, não houve despejo na ocasião, visto não haver ordem judicial para tanto. Porém, foi lavrado termo de ocorrência.
Michele afirmou que a ex-prefeita disse estar ali por interesse de uma associação, porém não apresentou nenhum documento que justificasse a ação. “Inclusive andaram mexendo no terreno, derrubaram um muro, mas não foi apresentado nenhuma autorização formal para estes atos, praticados em propriedade pública. Nenhum órgão oficial foi informado”, declarou a secretária.
Questionada sobre a associação que dizia estar representando, Maria Simões teria dito ser para os interessados procurar seu escritório na segunda-feira. Michelle garantiu que as medidas cabíveis para o caso serão tomadas pela administração municipal.
Ouvida pela reportagem do site, Maria Simões se defendeu afirmando que desde o ano 2000 a Associação Casa da Criança utiliza o prédio para ações sociais, principalmente com a distribuição de sopas para crianças e adultos. Ela afirma que o prédio não pertence à prefeitura, mas sim a associação que dirige.
Maria declarou que antes da pandemia distribuía até 100 sopas por dia, e que o trabalho parou devido à questão sanitária, por isso o prédio estava abandonado. A ex-prefeita disse estar segura de suas convicções e que quem a acusa de ocupação ilegal terá que provar o que está afirmando.