Cassação

Justiça eleitoral deveria cassar mandato de Fernando Máximo

As regras eleitorais existem para tentar equilibrar ao máximo o processo eleitoral, mas elas são ignoradas por conveniência, conivência e às vezes por simples omissão. Um caso bizarro foi registrado em Rondônia nas eleições deste ano, a vitória de Fernando Máximo, ex-secretário de saúde do Estado, que usou e abusou da máquina pública para ficar…

 

As regras eleitorais existem para tentar equilibrar ao máximo o processo eleitoral, mas elas são ignoradas por conveniência, conivência e às vezes por simples omissão. Um caso bizarro foi registrado em Rondônia nas eleições deste ano, a vitória de Fernando Máximo, ex-secretário de saúde do Estado, que usou e abusou da máquina pública para ficar conhecido e se eleger deputado federal.

O ilustre desconhecido, nomeado secretário de Saúde, teve uma passagem insípida na função, mas transformou a pandemia em um show particular com a conivência da imprensa local, sob o olhar das autoridades de fiscalização, que inacreditavelmente não se mexeram quando ele anunciou que seria candidato.

Durante a pandemia, Fernando Máximo concedia ‘entrevistas coletivas’ para anunciar a quantidade de infectados, um ato totalmente desnecessário, já que os números poderiam ser divulgados pela secretaria através de seus canais.

Foi para as ruas distribuir cloroquina e azitromicina, dois medicamentos sabida e comprovadamente ineficazes contra a Covid, e quando apareceu a vacina, foi lá vacinar a população, também sob os holofotes da mídia.

O caso ilustra bem como a desigualdade permeia um processo eleitoral. Máximo obteve 85.596 votos, numa diferença de mais de 20 mil votos em relação à segunda colocada, a deputada federal Silvia Cristina.

A legislação eleitoral é clara em relação a esse tipo de abuso, ela prevê inclusive a perda de mandato, mas para que isso ocorra, o Ministério Público Eleitoral precisa apresentar uma denúncia. Não fez, e provas não faltaram. Muitas, aliás, continuam disponíveis na internet.

Cadê a paridade com qualquer outro candidato que não teve acesso à máquina pública para se promover?

Fonte: PainelPolítico – Alan Alex


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