Léo Moraes fez mistério até o último segundo da última hora. Finalmente, à noite, ele comunicou oficialmente, através de uma live nas redes sociais, que não será candidato à Prefeitura. Optou, segundo ele, por continuar seu trabalho, que está tendo muitos bons resultados, na Câmara Federal, onde, como vice líder do Podemos, seu partido, tem conseguido muito apoio para Rondônia. Num curto discurso, mas com emoção, Léo confessou que foi pressionado por muita gente para entrar na briga da sucessão municipal, mas muitos outros o queriam onde está: defendendo os interesses do Estado em Brasília. Não disse com todas as letras, mas deixou claro que sua decisão também teve a ver com sua família. Os conselhos familiares sempre foram no sentido de que ele se mantivesse na Câmara Federal. Léo afirmou ainda que o Podemos tem o que ele chamou de “a melhor nominata de candidatos à Câmara Municipal” e que estará na campanha ao lado deles. Foi, certamente, uma decisão bastante difícil de ser tomada, até porque, confessou, ser Prefeito da sua cidade, algum dia, faz parte dos seus sonhos. O que Léo não disse é que, na verdade, seu desempenho muito positiva no Congresso, onde, pelo segundo ano consecutivo, foi escolhido o mais atuante parlamentar da nossa bancada, pode levá-lo mais longe. E a desafios mais complexos. Seus sonhos políticos para o futuro incluem um alvo muito maior: o Palácio Rio Madeira/CPA, sede do governo de Rondônia.
A decisão de Léo, sem dúvida alguma, vai beneficiar em muito o projeto de reeleição de Hildon Chaves. Sempre colocado entre os primeiros, quando não o primeiro, em todas as pesquisas feitas nos últimos meses, à Prefeitura, Léo seria, sem dúvida, o mais duro adversário do atual Prefeito. Com sua desistência, mais as saídas de Thiago Tezzari e Fabrício Jurado da corrida, restam poucos nomes de peso para enfrentar o atual ocupante do Palácio Tancredo Neves, como Williames Pimentel, Lindomar Garçon, Vinícius Miguel e Cristiane Lopes. Há quem ache, ainda, que nessa relação se deveria incluir o nome do Coronel Ronaldo, mas essa possibilidade ainda é apenas uma teoria, porque não se sabe, exatamente, qual o potencial eleitoral do ex comandante da PM do Estado. Haverá alguma grande surpresa, em relação aos outros nomes que estão na disputa? Difícil prever, mas a tendência é que não repita o fenômeno do próprio Hildon, que saiu de 1 por cento das intenções de voto, para ganhar a eleição, há quatro anos. A desvantagem de Hildon, contudo, é que agora será ele contra todos. Enfim, a campanha está posta.