História

Pai é solto após filhas pediram presente de natal à juiz – Por Anderson Nascimento

O juiz ficou emocionado ao receber as cartas, principalmente quando as crianças mencionam, “Deus te proteja”.

Publicado em 23 de dezembro de 2022

Natal, uma época ao qual todos ficam mais sensíveis. E foi na cidade de Goiana que um juiz ao receber cartas de duas crianças, resolveu colocar em liberdade o pai delas, o qual estava preso, suspeito de praticar uma tentativa de homicídio.

As cartas das crianças ganharam repercussão nas redes sociais, após o juiz dar publicidade. Em tom de brincadeira, o juiz escreveu que aquele seria o melhor Habeas Corpus recebido.

As crianças pediram ao juiz como presente, que o pai voltasse para casa antes do natal. O juiz ficou emocionado ao receber as cartas, principalmente quando as crianças mencionam, “Deus te proteja”. Segundo ele, ao ler aquelas palavras, isso teria o tocado especialmente, porque naquele momento ela estava desamparada e desprotegida precisando do seu provedor. “Imaginei comigo: não posso protegê-la, mas talvez eu possa devolver a ela alguém capaz de fazer isso”, afirmou.

O pai das crianças ficou sabendo que as filhas teriam escrito as cartas. Em outro trecho, a criança afirma, “meu pai é bom”. Além dos pedidos das filhas, a própria população fez um abaixo assinado pela liberdade do comerciante.

No total, o magistrado recebeu quatro cartas. Duas com pedido de soltura do pai e outras duas de agradecimento. Nestas últimas, as crianças expressam gratidão ao juiz e disseram estar felizes por ele ter lido as cartas e concedido a soltura.

O CRIME

Segundo as investigações, o comerciante é suspeito de ter praticado o crime de tentativa de homicídio, contra um homem que estava em débito no valor de R$ 600,00. Porém, há muitas inconsistências na investigação, devido a própria vítima não ter visualizado quem efetuou os disparos de arma de fogo. A vítima afirma que apenas ouviu uma moto parando em frente da sua residência e alguém gritando “paga meu dinheiro”. Logo em seguida, ouviu-se os disparos de arma de fogo.

“Como juiz, preciso ter certeza de que a pessoa deve ser culpada pelo crime. Sou pautado pelo garantismo penal. Não vou condenar ninguém ou levar alguém a julgamento por crime que não tenho certeza de que aquela pessoa cometeu”, afirmou o juiz.

Fonte – Anderson Nascimento

Gostou da notícia? Siga o DEIXA EU TE FALAR  no FacebookInstagram e no Twitter.

Entre no nosso Grupo do WhatsApp e receba as últimas notícias do Brasil e Rondônia.


HostMídia