Oxalá as nossas autoridades aprendam, com a pandemia do coronavírus, que saúde é coisa séria, com a qual se não pode brincar.
Foi preciso que uma desgraça se abatesse sobre a população mundial para que dirigentes públicos e autoridades da área da saúde, principalmente no Estado de Rondônia, percebessem quão deficitário se encontra o sistema. Não é de agora que os meios de comunicação denunciam os problemas que asfixiam o setor da saúde em nível estadual e municipal ou anunciam as formas mágicas encontradas por administradores para melhorar a qualidade dos serviços que deveriam prestar à população.
A longevidade e a gravidade do problema exigem tratá-lo com maior atenção e buscar apoio em áreas como o planejamento estratégico dos governos estadual e municipal. As ações, para o setor da saúde, não podem continuar sendo pensadas apenas pela perspectiva de um período governamental, como se tratasse de uma fase de experimentação. Essa etapa já deveria ter sido superada.
O Estado e o Município, com efeito, não podem abdicar de uma de suas maiores responsabilidades, qual seja a de proporcionar um sistema de saúde efetivo para a população, que já enfrenta no dia a dia uma série de dificuldades, próprias do Brasil de hoje, e que não pode ficar ao desamparo.
Um governo que, ao lado de sua capacidade de arrecadação de impostos, não consegue viabilizar instrumentos de bem-estar social, preferencialmente, a custo zero para os cidadãos, não é digno desse nome. Muito dinheiro da saúde tem sido canalizado pelo ralo, seja pela incompetência de uns, seja pela desonestidade outros. Ainda está na memória do povo o escândalo da máfia das ambulâncias. O resultado disso é a falência do serviço público em todos os seus matizes, sendo que na saúde a ferida é exposta.
Só no momento de crise como essa que o mundo atravessa é que os profissionais da saúde são reconhecidos e o setor é valorizado. Antes não tinha dinheiro para comprar um esparadrapo. Agora há. E muito. Até para construir hospitais e contratar pessoal. O Brasil é, realmente, um país de contrastes. Oxalá as nossas autoridades aprendam, com a pandemia do coronavírus, que saúde é coisa séria, com a qual se não pode brincar.
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