No material apreendido com o ativista bolsonarista Allan dos Santos, no âmbito do inquérito sobre atos antidemocráticos, a Polícia Federal encontrou anotações manuscritas “sobre orientações e resoluções” de Olavo de Carvalho.
Numa das anotações, está escrito: “Perguntei: Professor, qual o limite para o TERÇA LIVRE receber aporte financeiro do Governo? Olavo: NENHUM”.
Terça Livre é o nome do canal de vídeos mantido no YouTube por Allan dos Santos. Segundo a PF, a anotação, supostamente feita por ele, refere-se a uma atividade realizada em 19 de janeiro de 2019, início do governo de Jair Bolsonaro, nos Estados Unidos, onde mora com Olavo de Carvalho.
Outra anotação diz: “Conferir disponibilidade de orçamento (governo) – Eduardo Bolsonaro”. Na época, ainda segundo a PF, Eduardo Bolsonaro teria organizado a “formação” de deputados.
O teor dos manuscritos está contido em relatório da PF na investigação sobre a organização de protestos contra o STF e o Congresso, cujo sigilo foi retirado hoje por Alexandre de Moraes.
No material apreendido, existem ainda diversas menções à Secom da Presidência, chefiada no início do governo pelo publicitário Floriano Amorim. “Ver questão da Secretaria de rádio difusão – autarquias / Mudança das normas (após reunião Allan e Floriano)”, diz uma anotação.
Há também uma frase com os seguintes dizeres: “DEMANDAS DA SECOM: programação infantil; documentário (Brasil paralelo; Programa de Rádio: Programa de entrevistas)”.
Fonte: OAntagonista