Presença de outros partidos
Dirigentes de diferentes partidos aliados da base governista prestigiaram o lançamento. Entre os presentes estavam os presidentes do MDB (Romero Jucá), do PP (Ciro Nogueira), do PSC (Pastor Everaldo Pereira), do Solidariedade (Paulo Pereira da Silva), do Avante (Luis Tibé), do PHS (Marcelo Aro) e do PRB (Marcos Pereira).
Em um breve discurso, Jucá disse que 2018 será um ano decisivo e que os partidos de centro deveriam “estar unidos” para “buscar a melhor construção política” para o país.
“Venho com satisfação testemunhar o Democratas se fortalecendo mais ainda. […] Entendo que todos nós, partidos que comungamos de uma visão de centro, moderna, que tem que valorizar a economia, todos nós temos que estar unidos nessa transição que continua. 2018 é um período decisivo para o Brasil. (…) Quero aqui estender a mão aos Democratas. Temos que estar unidos, temos que buscar a melhor construção política”, afirmou Jucá.
Em nome do PSDB, o secretário-geral do partido, deputado Marcus Pestana (MG), mandou um “abraço de todos os tucanos” e justificou a ausência do presidente nacional, Geraldo Alckmin, que está em viagem oficial a Washington.
Já o tom de alguns foi de apoio explícito a Maia. “Temos uma esperança muito grande em você. O Brasil passa por uma das maiores crises, principalmente na questão do emprego”, declarou o presidente do Solidariedade, conhecido como Paulinho da Força.
Dos ministros do governo Temer, participaram da convenção Mendonça Filho (Educação), do DEM, e Alexandre Baldy (Podemos), um dos políticos mais próximos de Rodrigo Maia.
Deputados do MDB, PSDB, PR e PP, incluindo o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também compareceram.
“Vemos com muita simpatia a sua candidatura à Presidência da República”, discursou o líder do PR na Câmara, José Rocha (BA).
Na convenção, o prefeito de Salvador, ACM Neto, foi conduzido à presidência nacional do partido.
Ele irá substituir o senador José Agripino (RN), que ficou sete anos no comando da legenda. Em dezembro, Agripino se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.
Ao discursar, o agora ex-presidente do DEM elogiou a “capacidade de aglutinação” de Rodrigo Maia. “Ele tem a capacidade de conversar com todos. Escolhe os dele, mas conversa com todos”, afirmou Agripino.
Durante a convenção, ACM Neto leu um manifesto, intitulado “O Brasil que vai dar certo”, com as prioridades na área econômica e social para o país.
Com críticas aos governos petistas, o DEM se apresenta no documento como um partido do centro democrático. Com um discurso liberal, defende o “papel regulatório e incentivador do estado, desde que não sufoque os esforços individuais e empresariais”.
No manifesto, o partido prega a “eficiência máxima do gasto público” e afirma que “a melhor política de estado é a que cria mecanismos para emancipar a população mais carente da pobreza, e não aquela que, movida por interesses eleitorais, faz da população uma eterna refém do populismo e do personalismo”.
Em janeiro, Rodrigo Maia, durante viagem a Washington, disse que o Bolsa Família “escraviza” as pessoas por considerar que o programa de transferência de renda causa uma “dependência” dos beneficiários.
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